terça-feira, 10 de agosto de 2010

Escreva quando puder

"João amava Teresa que amava Raimundo

que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém."




Poderia generalizar relacionamentos separando-os em grupos, mas é melhor que eu não os faça. Além de pessoas serem diferentes, corações também são. O amor não escolhe o cristão, ele simplesmente acontece.
Por ora puro, por outra pagão. Não o que julgar, não há.
Bate na cara, joga no chão, o vento leva. Ás vezes tem volta, às vezes não.
Não é todo dia que eu me sinto a vontade para amar e chorar. Como Chico disse: “Não se afobe não que nada é pra já…”. Paixão pode até ser instantânea, amor não. Só te peço que não me fale de comparações tolas e canções comuns, não me entregue poesias. Escreva bilhetes, coloque embaixo da porta. Me conte algum segredo seu. Jogue o perdão na minha cara e me peça um beijo.
Me escute e cale a minha boca. Me tire a paz, a paciência e o fôlego. Me tire de mim e me devolva. Devolva, mas não me deixe. Não peça para eu não te amar, não quero seu perdão. Quero presença, pele, apelo, saudade. Triste seria ter o corpo frio e o coração vazio... Nada é para já, amor também não. Apressada é só a paixão.

Doce e saborosa ilusão.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Com toda certeza o amor acontece, sem pressa. E é muito bonito!
    Amei o texto!

    Gosto tanto da maneira como você escreve. É tão agradável.

    Beijo doce, Marília!

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  3. Lindo. Mais uma vez, lindo.

    Falar der amor/paixão parece fácil quando você escreve. Sai de dentro e, quando é de dentro, é de verdade.

    'Nada é para já'. Pura e sincera verdade.

    beijo!

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