segunda-feira, 5 de abril de 2010

valência

Sinto vontade de aproveitar as pessoas, de senti-las, de saboreá-las. De deixar as palavras proferidas percorrerem o meu corpo. Gosto de observá-las, de olhar os seus trejeitos e de lembrá-las para quando elas não tiverem mais sob os meus olhos. Gosto de imaginá-las como flores, que uns dias me dão o prazer de sentir seu cheiro e de vê todas as pétalas abertas e vivas. E em outros, vê-las fechadas, silenciosas e assim lembrar de momentos de outrora. Eu aproveito, sim. E reaproveito.
Pego manias, aceito ideias e questiono mãos. Mãos que não se movem para o toque.
Tocar. Imagino a falta de toque e não gosto. Tudo é mais proveitoso quando se detém em um abraço anos de distância.
E de que vale toda uma vida, todo o sucesso e as reverências e de todo o ouro se você deixou de ter na pele as lembranças de alguém?
E quando sem dá importância você percebe que a pessoa mais importante da tua existência foi silenciada por falta de palavras.
Sua verdade, deixa de ser verdade.
E o verdadeiro sentido de ter vida passa a ser rotineiro dia.
Triste de quem não se deixa levar e não permite o desejo de querer. Ou.
Querer o desejo.




'Só de imaginar uma vida sem amor, eu vejo a morte'

Um comentário:

  1. muito bom o post

    mas o q mais me chamou atenção oi a foto..
    sou apaixonada por fotografias...
    essa é simplesmente...linda
    tudo haver com o texto..
    bjos flor...

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