quarta-feira, 28 de maio de 2008

Pelos olhos Anne


Tive medo ao começar ler este livro, a dor não é algo bom de sentir, e quando lemos algo é normal entrar na história.
Estar preso, a fome, o medo, a aflição, mas ainda o amor, o amadurecimento pode ser sentido ao conhecer Anne Frank.
Uma garota que se existisse hoje com certeza teria um blog e falaria de complicações na sua adolescência, como nós falamos.
As brigas com os pais, o sentimento de ser incompreendida pelos demais que conviviam com ela, me fez pensar em como nós batemos o pé falando em ser diferente, e somos tão iguais umas as outras. Cada uma na sua época.
Anne foi uma escritora nata, que evolui quando passou pelo intenso sofrimento, que escreveu para desabafar e morreu 2 semanas antes de ser libertada.
Não nego que fiquei revoltada com isso, mas se ela não tivesse morrido, talvez seus escritos não tivessem tanta força como tem hoje.
Em algumas de suas cartas fiquem realmente espantada, como parecia que eu, ou algumas das meninas que leio em blogs tivessem escrito aquelas palavras.
De menina mimada, ela chegou a quase uma heroína, que acreditava na libertação, no futuro e lutava pela sua fé,
defendia sem pestanejar os judeus e falava da guerra de uma forma tão humana como nenhum livro de história se aproximou a falar.
Pude aprender ainda mais dessa matéria que aprecio, conheci uma garota, que como eu, teve um diário que falava o que sentia,
e que viveu em uma época cinza, mas muito importante para humanidade poder voltar seus olhos para essas potências que acreditam ser donas do mundo.
Um livro que merece ser lido, pensado, tirando conclusões, e trazendo para a vida aprendizado. Mesmo sendo clichê, eu repito: Todos nós temos o direito de sermos respeitados, sem depender de raça,cor,religião ou condição social, a vida deve ser vivida na totalidade sempre,pois não sabemos quando vai chegar o fim.



ps: me inscrevi no meu primeiro vestibular,
em uma universidade estadual, estarei fazendo para história.
"Tenho em meu caráter um traço predominante
que salta aos olhos de quem me conhece
há algum tempo: é o conhecimento que tenho de mim mesma.
Consigo fiscalizar-me e aos meus atos como se fosse uma estranha.
Sou capaz de encarar a Anne de todos os dias sem preconceitos
e sem fazer concessões, observando o que há de bom e de mau.
Essa autocrítica me acompanha sempre,
e, cada vez que falo alguma coisa, sei imediatamente se devia
Ter falado de outra maneira ou se estava bem assim.
Há muita coisa que condeno em mim.
Seria uma longa lista!
Cada vez mais, reconheço a verdade que havia nas
palavras de papai: "Aos pais cabe dar conselhos e indicar caminhos,
mas a formação final do caráter de uma pessoa
está em suas próprias mãos."
Anne Frank
15 de julho de 1944.
Ps: Visiteem o blog da minha amiga Mila,viu?
Please!

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