quinta-feira, 3 de janeiro de 2008


Não é fácil preencher uma folha com as palavras certas.
Porque juntas, elas precisam fazer sentido,
elas precisam mostrar sentimentos, se personificar, se fundir umas nas outras.
Como peças de um enorme quebra-cabeça, como uma forma de falar o que a voz não sabe exemplificar.
Preciso ser mais direta,mais impessoal, menos adjetiva, mais verbal.
Trazer cores vivas para o sorriso cinza de quem não acredita em imagens de um futuro bom.
A simples página de um livro pode mostrar o que uma vida toda tentou fazer e não conseguiu.
Levarei muito tempo para chegar perto do que eu realmente queria falar, a mente não escreve palavras, mostra imagens.
Quando se toma gosto pela viagem que é permitida pela leitura, nunca mais se quer perder do caminho.
As palavras nos guiam por mundos singulares e distantes.
Cheios de si e de nós.


Um livro, uma história ou várias histórias, palavras,
muitas palavras.



"Primeiro,as cores.
Depois, os humanos.
Em geral, é assim que eu vejo as coisas.
Ou,pelo menos, é o que eu tento. "

(trecho do livro "A menina que roubava livros.")

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