segunda-feira, 10 de junho de 2013

De onde vem a coragem?



Criei uma barreira. Muito mais alta que as torres de concreto, muito mais resistente que o aço. Uma barreira firme, presa,forte, minha. Nessa barreira anotei uma promessa, dessas que nunca acabam. E não tive mais medo. Porque algo muito maior sustenta essa barreira. Não depende da  força e sim de algo frágil. E como o frágil é forte?

São respostas que só os poetas podem dizer. Porque eu descobri que são só os detalhes mais frágeis podem construir barreiras tão altas. Elas não aprisionam, não amedrontam, são enriquecedoras, permitem a proximidade com o lado mais humano que  posso ter. O lado gente de verdade. O lado mais colorido de ser.

E só sendo frágil que alguém pode se aproximar do sagrado. Só chorando no colo, gargalhando na rua, se pondo com a cara nua, pondo os sentimentos para o lado de fora. Isso é ser frágil e forte. Tudo ao mesmo tempo. Isso é ser lindo.

Encontrei na minha barreira, uma escada, a cada dia um degrau, e na subida vou confirmando que nem tudo que parece frágil é feito de areia.

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