segunda-feira, 12 de setembro de 2011

do texto para o ar

Escrever-se como ser não é tarefa das mais simples, mas é desse exercício que nascem pessoas incríveis.

Entrelinhas. A gente se desenrola como indivíduo nas partes do texto que ninguém lê, nos momentos da vida que só quem vive percebe.  Quando ainda se é lagarta com a aparência áspera que assusta quem vê não é fácil acordar todos os dias, você deseja se tornar melhor e ter asas para ser mais e forças para escrever um belo texto.  Mas essa parte só se aprende com o tempo, para então compreender que somos feitos de fases e que viver no casulo é necessário.

Parágrafo.  É quando chega à hora de mudar de fase, você dá um ponto final e continua na outra linha, para a outra parte do texto você leva o que foi bom e escolhe como vai desenvolver a história. Vírgula. Você as despeja por todo o caminho para pegar fôlego e continuar desvendando o que vem depois dos dois pontos, essa é a hora fatídica quando chega o momento de definir rumo.

Quem é você afinal? Perguntinha difícil essa, porque dentro do texto da vida você pode continuar lagarta, viver em casulo ou ser borboleta.
São as entrelinhas, parágrafos e vírgulas que você escolhe que determinam o continuo escrever da história. Essa sim não tem fim.

"A alma é uma borboleta...há um instante em que uma voz nos diz
que chegou o momento de uma grande metamorfose..."
Rubem Alves

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