quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Valores vãos, Nietzsche e religião: combinação explosiva.

“Há homens que nascem póstumos”. Nietzsche foi muito além de uma crítica ao Cristianismo em sua obra O Anticristo ele deixa claro sua proposta de transmutação de todos os valores.
Raros são os homens que procuram questionar paradigmas, que sentem prazer em encontrar falhas nos sistemas, tais homens são chamados de filósofos.
Filosofia – o amor a sabedoria- e a todos os questionamentos que a envolvem.
A obra O Anticristo vai de encontro com uma idéia que já perdura a dois mil anos, o Cristianismo.
Religião fundada por Paulo, mas com ensinamentos do cordeiro de Deus, Jesus Cristo, que vinha com a boa nova, mas que para Nietzsche não passava de um anarquista romântico que tinha bom coração, mas que morreu na cruz  e levou todos os seus ensinamentos.
Para o filósofo a religião é Cristã é responsável por todas as mazelas que assolam o mundo, já que graças a ela o homem se alienou.
‘ O evangelho morreu na cruz’. Nietzsche não sente medo das duras críticas que cairiam sobre ele quando escreveu essa frase ácida e até certo ponto controversa.
O filósofo não questiona a existência de Jesus, para ele o Messias foi coerente com seus ensinamentos, mas que no momento da sua morte criaram uma religião que mantém uma visão do mundo puramente ficcional, movido pelo ódio e pela discórdia, esse é o ponto duramente criticado por ele.
Para o anticristo, não há paraísos nem infernos, há somente a existência. Sem castigos, idéia de pecado ou perspectiva.
Afinal, o que seria o cristianismo?
Tudo aquilo que torna o homem pesado, sem movimento, encarcerado dentro de um corpo manipulado e transforma a vida em algo sentido.
O que é Deus para Nietzsche? É a contradição da própria vida, Deus é aquilo que o ser humano gostaria de ser e não é. Deus é uma idéia.
Nietzsche é ambicioso em sua obra, já que não é possível a quebra de tantos conceitos de uma só vez. Conceitos esses que já estavam encravados na mente como algo imutável.
E que precisaria de mais de dois mil anos para serem totalmente apagados. Mas o filósofo sabia disso, já que no início da sua obra ele diz “este livro destina-se aos homens mais raros’.
O Anticristo não é anticristo no real sentido da palavra, é um questionador e como ele mesmo deixa de legado é a transmutação de todos os valores.
No último capítulo ele deixa claro: ‘ Eu condeno o Cristianismo. (...) que inventou angústias para se eternizar. (...) Hei de gravar em todas as paredes esta acusação eterna contra o cristianismo. ‘
Nietzsche não tinha medo da condenação eterna, nem de castigos divinos, isso é fato.

3 comentários:

  1. Sou contra muitas coisas no cristianismo, uma delas é essa ideia de q vc será punido..É absurdo..Pra q existe o livre arbítro então? Eu sou católica mas ultimamente tenho questionado minha fé..
    Bjs!!
    =1

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  2. Má, uou que papo culto!
    Nietzsche - demoro horas pra escrever esse nome!

    Você crescendo. Incrível.

    beijos*

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