segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Talvez você me encontre por aí.



Quando nasce uma paixão, você não sabe explicar de onde vem e que parte de você ela pode tomar. Paixão não é só carnal, não é só frio na barriga e mensagens de madrugada.
Existe um tipo de paixão muito especial, mas pouco comum. A paixão pelo cotidiano, pelo ônibus sete horas da manhã e por comprar pão quando se poderia estar tirando um cochilo, a paixão por conhecer pessoas e não separá-las em grupos, saboreá-las com sentimento.

Erro é deixar que os dias se passem sem que haja a entrega. Porque viver na plenitude só pode acontecer quando há a entrega, daquele mesmo jeito que diz a canção: " de corpo, alma e coração." Cazuza não era lá um exemplo tão bom em seguir, mas quando ele berra: "vida louca, vida breve, já que eu não posso te levar, quero que você me leve." você sente verdade. E esse veracidade nos versos só existe porque ele se entregou a vida e ao cotidiano. E por consequência, se apaixonou.

É comum perceber os bons momentos só depois em que eles passam e pensar: "dá próxima vez, farei diferente", e não fazer. Não faz, simplesmente, porque não enxerga, porque os dias passam e nós não os sentimos como um de cada vez, como deveria ser.
Se apaixonar pelo cotidiano é um exercício constante, é ter a coragem de se entregar ao desconhecido. Não generalizando os dias do calendário e apreciando cada ato de respirar que você dá durante as vinte e quatro horas que fazem o dia no planeta Terra.

Experimente sentir-se pleno em alguma atividade. Experimente ouvir de verdade quem falar com você. Deixe o dia passar por inteiro, não pode,não corte...Não seja chato. Reclame menos, também vou tentar fazer isso, mesmo dentro de um ônibus com muito mais gente do que parece caber. É o desafio de se apaixonar pelo cotidiano,meu caro amigo. Eu nunca disse que seria fácil. Eu sei que não, e como sei.

Ps: Obrigada Senhor por me dar a oportunidade de conhecer pessoas tão encantadoras e completas de bons sentimentos e verdade,muita verdade. 

O que incomoda não é ser diferente é sentir-se diferente. É o olhar de pena e desprezo que a sociedade lança para as pessoas com deficiência. É um grito para chamar atenção de um povo indiferente que cada um de nós carrega no silêncio de nossos corações. Sinta-se incomodado e lute para mudarmos nossa realidade”. dito hoje por Natália Leão

3 comentários:

  1. Ps: Obrigado Senhor, por dar a cada um de nós, seres humanos, a oportunidade e o prazer de conhecer e conviver com pessoas encantadoras e completas, de bons sentimentos e verdadeiras, de caráter e companheiras, amigas e sinceras. Ilumine este foco, e que não se apague jamais esta luz que aqui habita.

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  2. Sem dúvida alguma, o melhor texto do seu blog. Adoro suas postagens. Temos muitos pensamentos em comum.

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  3. "Ps: Obrigada Senhor por me dar a oportunidade de conhecer pessoas tão encantadoras e completas de bons sentimentos e verdade,muita verdade. " Que lindo. No meu ensino médio eu me apaixonei loucamente pelo meu cotidiano, e quando acabou( mesmo entrando na faculdade e tendo outra realidade, outro cotidiano) eu estava tão, tão apaixonada que doeu muito, eu sentia saudade dos risos de tds na sala, das bagunças, do grupo de estudo, dos professores e o que eu mais senti falta foi dos "bom-dia" que recebia, de alguns junto com um abraço, de outro junto com um sorriso. De outros apenas um bom-dia, mas era aquela simples expressão repetida pelas 56 pessoas da minha turma que me deixava radiante pelo resto do dia. Bom, deve-se imaginar que doeu muito, ao inves de um bom-dia escultar um adeus. Não um adeus propriamente dito, porque eu continuo a ver a maioria da galera, mas não é a mesma coisa, não é o mesmo cotidiano...
    Enfim, perfeito teu post =D Amei muito, muito mesmo. =**

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