segunda-feira, 7 de junho de 2010

Tenho uma janela no meu olhar, ela vive aberta. Esperando por ventos e visitas. Não sei destratar quem chega. Recebo bem, utilizo o sorriso.
Vez ou outra chega novos visitantes, com propostas revolucionárias de mudança de vida, oportunidades de conhecer novas frestas de luz.Mas há os antigos companheiros que querem continuar na minha janela.  
Mas não posso deixar que tapem a minha vista. Gosto de ver a rua. O caminho. As pessoas. As outras janelas que andam por aí.
Quando é necessário, pinto as paredes ao redor. Dou um novo ar. Modifico a janela, mas fechá-la, não.

MEIO POÉTICO DEMAIS. PÁRA ! FEEDBACK.

É confuso pensar que sua vida é sua. E que você pode escolher o que fazer. O caminho há seguir, você escolhe. Apesar de não ser dono do seu destino, você modifica o itinerário. O que me fez vir até aqui?! E ter as experiências que estou tendo? Não há nada que eu possa imaginar de tão confuso quanto isso. Só tenho que viver. Será mesmo?!
O sacrifício de ser pessoa é pago pelas experiências que temos durante a caminhada. Não esperar recompensa de nenhum sofrimento que venhamos a ter, traz mais tranquilidade ao viver. E pensar na imagem que temos diante de das outras pessoas é angustiante. Porque a visão das pessoas muitas vezes não condiz com o que somos. Ou que queremos ser.

É assustador pensar que a pessoa que não conhece poemas, nem canções de música popular brasileira, não conhece leis, nem filosofia, não goste de filmes dramáticos, nem história grega, não admira grandes pensadores e gosta mesmo é do cheiro da terra e da roça, e admira gado, gente simples e humana. Fale mais de você. E te proponha sentimento. Sem cobrança. E te dê um abraço ao anoitecer e afago sincero.

"E me peguei assobiando aquela música cafona que eu detesto, 
mas que me emociona, 
porque me lembra alguém que me [faz] bem ♫"


Um comentário:

  1. É muito legal o jeito que você consegue se expressar e nos fazer ver as coisas...
    Concordo quando você diz que a imagem que muitas pessoas têm de nós é angustiante, porque somos vistos pelo o que usamos e por nossa aparência, e muitos acabam achando que esse exterior é a nossa essência. Grave engano, claro.
    Muito bom o texto.

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