Não sou adepta a vícios, manias, repetições, acho tudo isso nada acrescentador. Não bebo, não fumo, não jogo cartas, nem de linguagem gosto de vício. Corro longe de tudo que aprisiona. Não sou exemplo de pessoa-rotina.
E o que seria uma pessoa-rotina? Bom... vamos às explicações.
Tem gente que está todo o dia com a mesma cara, nas fotos ou na rua, cabelo impecável e um bom humor matinal quase surreal. Tem gente que não se irrita, concorda com todas as notícias, quase um facebook só com a opção curtir. Anoitece e amanhece 30 vezes e ela está do mesmo jeito, esperando a vida passar.
E todo santo dia é assim. Mais rotineiro que o decorrer do relógio, mais repetitivo que horário político. Bem naquele ritmo da canção do Chico do todo dia ela faz tudo sempre igual. E vira vício ser assim. Ao menos parece que sim.
Me dou ao luxo de oscilar de humor, de ser chata, barulhenta e soltar os cachorros quando for preciso. Me dou ao prazer de andar de havaiana em qualquer lugar. Me permito fechar os dentes quando eu não tiver afim de sorrir para quem me esnoba. Não é todo dia que eu quero ser simpática. Não gosto da rotina de ser igual. E se, por um acaso, isso for inconstância, eu aceito ser assim.
“Em torno da praça
As mesmas carasAs mesmas rodas
As mesmas tardes
No mesmo coração
Sem freios."
Sem direção”
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